Para
combater os efeitos negativos da epidemia de coronavírus sobre o sistema
financeiro, o Banco Central já anunciou a disponibilidade de R$ 1,216 trilhão
para os bancos brasileiros. A cifra, divulgada ontem pelo próprio BC, equivale
a 16,7% do PIB. Os recursos têm como objetivo manter a liquidez no sistema – ou
seja, a disponibilidade de dinheiro para que as instituições financeiras possam
fazer normalmente suas operações com os clientes (empresas e pessoas físicas).
Não significa, no entanto, que essa enxurrada de recursos vai ser emprestada
pelos bancos – até porque tomar empréstimo em meio à crise é uma decisão dos
clientes. Mesmo assim, chama a atenção o fato de que o anúncio de recursos já é
substancialmente superior ao verificado após a crise econômica global de 2008.
Na época, o BC proveu liquidez de R$ 117 bilhões, o equivalente a 3,5% do PIB.
O objetivo dessas medidas, reforçou ontem o Banco Central, é prover liquidez ao
mercado financeiro. “Vai haver liquidez para todo o sistema”, afirmou o diretor
de Política Monetária do BC, Bruno Serra, durante coletiva virtual com
jornalistas.
Entre
as medidas para combater o efeito da pandemia sobre o sistema financeiro estão
a redução das alíquotas de compulsório sobre depósitos a prazo, de 31% para
25%, e a diminuição da parcela dos recolhimentos compulsórios considerados no
Indicador de Liquidez de Curto Prazo (LCR) dos bancos. Estas duas medidas,
anunciadas em 20 de fevereiro, representam a injeção de R$ 135 bilhões no
sistema.
O BC
também anunciou nova redução das alíquotas dos compulsórios, de 25% para 17%. A
medida, que valerá até 14 de dezembro, representa um adicional de R$ 68 bilhões
para o sistema financeiro.
O BC
também promoveu uma flexibilização nas regras das Letras de Crédito do
Agronegócio (LCA) – um título emitido por instituições financeiras para obter recursos
para financiar o setor agrícola. Pelo cálculo do BC, isso permitirá um
adicional de R$ 2,2 bilhões de recursos para os bancos.
Uma
quarta medida anunciada pelo BC está ligada à possibilidade de empréstimos aos
bancos com lastro em Letras Financeiras (LF) garantidas por operações de
crédito. Na prática, a autarquia vai emprestar dinheiro aos bancos, tomando LF
como garantia. Essa medida tem potencial de liberação de R$ 670 bilhões para as
instituições. (Fonte: Estadão)
O Banco
Central (BC) lançou o “BR Code” que deve substituir o QR Code
tradicional em pagamentos por celular em maquininhas, por exemplo. As
empresas têm até seis meses para se adequarem ao novo padrão. Atualmente, o
consumidor já pode pagar, em alguns casos, utilizando um aplicativo de banco ou
fintech apenas direcionando a câmera para um QR Code disponibilizado pelo
comerciante na máquina de cartão de crédito. Neste caso, o QR Code vai
substituído pelo BR code. Segundo o BC, o novo padrão deve aumentar a
transparência para os usuários, melhorar o acesso à informação e a competição
no setor. A partir da implementação do BR Code, os prestadores de serviço vão
ter que informar qual arranjo de pagamento (por exemplo, a bandeira do cartão
ou fintech) está sendo utilizada naquela compra. Com a unificação do código, o
BC espera fomentar a competição no setor, facilitando a escolha do arranjo de
pagamento tanto para o vendedor como para o consumidor. (Fonte: O Globo)
O
BNDES anunciou ontem as primeiras medidas para tentar reduzir o impacto do novo
coronavírus na economia. O banco disse que vai destinar R$ 55 bilhões – o mesmo
valor do seu desembolso em 2019 – para reforçar o caixa das empresas e apoiar
trabalhadores. Outras medidas serão divulgadas nas próximas semanas, segundo o
presidente do banco, Gustavo Montezano, e vão envolver ajuda a Estados e
municípios, além de companhias aéreas, turismo, bares e restaurantes, segmentos
mais atingidos pela pandemia. O banco anunciou a transferência de recursos do
Fundo PIS-Pasep para o FGTS, no valor de R$ 20 bilhões, para possibilitar o
saque extraordinário dos trabalhadores. A medida, no entanto, já havia sido
anunciada na semana passada, e não adiciona novidade ao pacote. Já em relação
às empresas que têm financiamento com o banco, a decisão foi pela suspensão
temporária do pagamento de parcelas de financiamentos diretos para empresas no
valor de R$ 19 bilhões, e de R$ 11 bilhões para financiamentos indiretos. As
micro, pequenas e médias empresas terão ampliação de crédito de R$ 10 milhões
para R$ 70 milhões, a fim de aumentar o capital de giro. (Fonte: Estadão)
O
Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, por unanimidade,
reduzir a Selic (a taxa básica da economia) em 0,5 ponto porcentual, de 4,25%
para 3,75% ao ano. Este é o sexto corte consecutivo da taxa no atual ciclo,
após período de 16 meses de estabilidade. Com isso, a Selic está agora em um
novo piso da série histórica do Copom, iniciada em junho de 1996. Desde o
início do atual ciclo, o Copom havia aplicado quatro reduções de 0,5 ponto
porcentual e uma de 0,25 p.p., na reunião passada. (Fonte: UOL)
O
Banco Central informou nesta quarta-feira (18) que comprará de investidores, de
maneira provisória, títulos da dívida externa brasileira. Essa compra vai valer
por um mês, ou seja, depois desse período o título será revendido àquele
investidor. O pagamento das operações será feito em dólares, como nos chamados
leilões de linha (venda de moeda, com compromisso de recompra no futuro).
“A medida entra em vigor nesta data [quarta-feira, 18], e visa a garantir
o bom funcionamento dos mercados”, informou a instituição, por meio de
nota. O BC ainda informou que o estoque de “global bonds” no mercado,
passível de ser recomprado provisoriamente, é de US$ 31 bilhões. Na carta
circular, que regulamenta a medida, o BC informou que a venda à vista do título
soberano será liquidada em dois dias úteis após a contratação e que a
correspondente recompra ocorrerá em até trinta dias corridos após a liquidação
da venda. O BC comunicou, ainda, que os títulos soberanos vendidos ao Banco
Central serão comprados com desconto de 10% em relação a seu valor de mercado.
(Fonte: G1)
O
Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) abriu as torneiras para que bancos
centrais em 9 países tenham acesso a dólares, na expectativa de impedir que a
epidemia de coronavírus cause uma crise econômica global, prevendo até US$ 60
bilhões para o Brasil. Os países são: Austrália Brasil Coreia do Sul Dinamarca
México Noruega Nova Zelândia Singapura Suécia O Fed disse que os swaps, em que
o banco central norte-americano aceita outras moedas como garantia em troca de
dólares, permitirá, pelo menos pelos próximos seis meses, que os bancos
centrais desses países acessem um total combinado de até US$ 450 bilhões,
dinheiro que vai garantir que o sistema financeiro dependente de dólares
continue a funcionar. Os novos instrumentos vão garantir o fornecimento de
liquidez de até US$ 60 bilhões cada para os BCs de Austrália, Brasil, Coreia,
México, Cingapura e Suécia. Os outros BCs terão acesso a US$ 30 bilhões cada.
(Fonte: UOL)
Menos
de dez dias após baixar para 2,1% a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto
(PIB) deste ano, o governo federal revisou novamente a estimativa e
passou a prever uma expansão de apenas 0,02% para este ano, ou seja, uma
estabilidade. O número foi divulgado pelo Ministério da Economia por meio do
relatório de receitas e despesas do orçamento de 2020. A nova revisão da
estimativa foi motivada pelo efeito da pandemia do coronavírus no nível de
atividade da economia. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no
país e serve para medir a evolução da economia. (Fonte: G1)
No cenário externo:
As
negociações entre Reino Unido e União Europeia sobre a relação pós-Brexit foram
adiadas por causa do coronavírus, o que aumenta a pressão para que o
primeiro-ministro britânico Boris Johnson adie a saída definitiva do país do
bloco no fim do ano. A rodada de discussões, que seria realizada por
videoconferência, poderia ser retomada ao longo da semana, segundo duas pessoas
com conhecimento do assunto que não quiseram ser identificadas. (Fonte: UOL)
O
Banco Central Europeu (BCE) anunciou nesta quarta-feira o lançamento de um
mecanismo de 750 bilhões de euros para a compra de títulos das dívidas pública
e privada, para tratar de reduzir os efeitos da pandemia do coronavírus. O
Programa de Compras de Emergência por Pandemia terá caráter temporário e estará
em vigor até que o BCE considere que “a fase crítica do coronavírus
COVID-19 está superada, mas em qualquer caso seguirá até o final deste
ano”, destaca um comunicado da instituição. Logo em seguida, o presidente
francês, Emmanuel Macron, declarou seu “apoio total às medidas
excepcionais” adotadas pelo BCE, e avaliou que os países do bloco devem
apoiar a economia “com intervenções orçamentárias e maior solidariedade
financeira na zona do euro”. O anúncio ocorre apenas seis dias após o
mesmo BCE lançar um pacote de estímulo a bancos que não conseguiu acalmar os
mercados financeiros. Este novo pacote para a compra de bônus da dívida foi
anunciado após os 25 integrantes do Conselho do BCE realizarem uma
teleconferência. Em sua nota, o BCE afirma que está “comprometido em
desempenhar seu papel de apoiar os cidadãos da zona do euro neste momento
extremamente desafiador”. (Fonte: Estado de Minas)
A
Fitch revisou nesta quinta-feira, 19, sua projeção para o crescimento econômico
global, de 2,5% esperados em dezembro de 2019 para “apenas 1,3%” agora, afirma
a agência em relatório. “A crise do coronavírus está esmagando o PIB global”, diz o
título do documento, que traz declaração de Brian Coulton, economista-chefe da
Fitch, segundo a qual “para todas as intenções e propósitos, estamos em
território de recessão global”. (Fonte: Isto é)
A
Argentina vai precisar de uma reestruturação importante de sua dívida com
credores privados, no momento em que a pandemia do novo coronavírus e seu
impacto econômico exacerba a situação financeira “complexa” do país, disse
nesta sexta-feira a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva. “Será
necessário um alívio substancial por parte dos credores privados para
restabelecer a sustentabilidade” da dívida do país sul-americano, disse
Georgieva em comunicado, após assinalar que “atender a estes problemas se
tornou ainda mais urgente à luz da pandemia e devido a seu importante impacto
econômico e sobre a saúde pública”. “Incentivamos um processo de negociação
colaborativa entre a Argentina e seus credores privados com o objetivo de
chegar a um acordo que envolva alta participação”, acrescentou. No final de uma
missão ao país, o organismo multilateral já havia apontado no mês passado que a
dívida da Argentina “não é sustentável”, pedindo aos credores privados que a
viabilizassem. (Fonte: Isto é dinheiro)
O
ex-vice-presidente dos Estados Unidos Joe Biden teve mais uma terça-feira de
vitórias na campanha pela nomeação do partido democrata para disputar a Casa
Branca contra Donald Trump. Biden ganhou do senador Bernie Sanders na Flórida e
em Illinois. (Fonte: Estadão)
A
pandemia de coronavírus fez o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) adiar a realização do Censo Demográfico de 2020 para 2021. A coleta de
dados do levantamento censitário em todos os lares brasileiros, que começaria
no dia 1.º de agosto deste ano, agora terá início em 1.º de agosto de 2021, com
duração de três meses. (Fonte: Estadão)
Os
consumidores que decidiram evitar contatos mais diretos com outras pessoas para
se proteger do novo coronavírus estão ampliando as compras pela internet. Na
primeira quinzena deste mês, foi registrada alta de 30% a 40% nos pedidos
online em relação ao igual período do ano passado, segundo entidades do setor.
Os produtos que dispararam em vendas foram aqueles ligados à proteção da saúde,
em especial o álcool gel e, nos últimos dias, alimentos. (Fonte: Estadão)
A
paralisação da economia por conta dos efeitos do novo coronavírus levou o
Ibovespa, o principal índice da B3, a ter a maior queda entre indicadores
semelhantes das principais Bolsas do mundo em 2020. A retração chegou a 42% até
o pregão da última sexta-feira. As empresas listadas na Bolsa paulista perderam
R$ 1,746 trilhão em valor de mercado no período. Outros índices de Bolsas que
estão entre as maiores quedas são o da Rússia (RTSI), com perda acumulada de
cerca de 38% desde o início do ano; da Bolsa das Filipinas (-38%); o principal
índice da bolsa da Hungria (36%); e o da Itália (o FTSE MIB) – país que se
tornou o novo epicentro da pandemia do coronavírus, mas ainda assim com queda
menor do que a registrada pelo Ibovespa (de 33%). Nas Filipinas, as operações
da Bolsa local chegaram a ser suspensas na semana passada por tempo
indeterminado. Além da rápida mudança nas expectativas para a economia do País,
que deve entrar em período de recessão, analistas apontam pelo menos outra
razão para a diferença nos índices de retração: o fato de a Bolsa brasileira
entrar só agora em um período de “maturidade”, com a chegada de maior número de
investidores pessoas físicas. (Fonte: Estadão)
Dólar e aversão ao risco
(índice de volatilidade dos preços das
opções do S&P 500)
Altíssima volatilidade apresentada pelo mercado acionário
americano, fez o VIX trabalhar acima dos 75 pontos (Máxima de 18/03), chegando
na média da última semana de 70,31.
Perspectivas
A previsão do dólar para 2020
As expectativas dos 109 economistas consultados pelo Banco Central
são:
Valor mínimo esperado: R$ 3,85
Valor médio esperado: R$ 4,75
Valor máximo esperado: R$ 5,15
Previsão do PIB para 2020
As expectativas dos 80 economistas consultados pelo Banco
Central são:
Previsão do IPCA para 2020
As expectativas dos 124 economistas consultados pelo Banco
Central são:
Dólar americano hoje:
As 15:45hs, o Dólar
comercial operava em queda de 1,02%, cotado a 5,0824
O Dólar Turismo
neste mesmo horário é oferecido pela Meu Câmbio a R$ 5,176 + IOF.
Dólar
Período
Variação
24/mar/20
-1,02%
1 semana
1,47%
1 mês
15,70%
No ano
26,69%
Euro hoje:
As 15:45hs o Euro
operava em queda de 0,78%, cotado a R$ 5,466.
O Euro Turismo
neste mesmo horário é oferecido pela Meu Câmbio a R$ 5,652 + IOF.